quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aforismo

Uma nova forma de amor sempre pode aparecer, seja em um momento de cansaço, quando o pouso é incompreendido e a mão mal toca o mistério, ou na sua presença corpórea, como um ramo que roça, tão leve, em ritmo alegre o coração.

Uma nova forma de amor sempre pode aparecer, mas também carrega no seu bojo desventura, frustração, imprecisos risos, que turvam o copo do amor. Mas doer qualquer coração dói. O amor nem sempre é transparente, puro e salutar. A resposta, sem saber, para tanto medo ou receio do amor vindouro, é viver o instante inteiro, primeiro, e do pouco que ele for, ser tudo, como o derradeiro.


(VFM)

3 comentários:

  1. Sobre o amor

    “Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero,

    (...)

    Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era Melhor“

    (Martha Medeiros)

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  2. Mtoooo Bom! Espero que tb seja um elogio ao texto.

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  3. Elogios, sempre!!!!

    Gosto, principalmente, deste trecho que traduz gota por gota essa nova forma de amor, quando somente a presença basta. (não sei se estou certa, sabes o quanto “bailo”).

    "quando o pouso é incompreendido e a mão mal toca o mistério, ou na sua presença corpórea, como um ramo que roça, tão leve, em ritmo alegre o coração."

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