quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Desventura

Amar-te é uma grande encrenca
E de mais dura convivência,
Pois no amor - haja paciência!,
Poeta é embarcação perdida.

Na enseada, sereia transitória,
O deslumbramento, inteiramente,
Sem pressentir a tímida dor,
O canto enganado da paixão,
O poeta, transido ao Paraíso
Agreste, acha tudo luminoso.
É alma que nasce e se desprende,
Plena, eternamente terna,
Que, de repente, é negra lágrima;
Amor que louco não futura.

Amar-te é chamar o coração
De mau agouro e triste quimera.


(VFM)

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Quanta verdade há nestas linhas:

    "Amar-te é uma grande encrenca
    E de mais dura convivência,
    Pois no amor - haja paciência!,"

    ADOREI...

    "HAJA PACIÊNCIA!"

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