segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Continho

E assim foi, a saudade pegou o último trem, levando a dor na bagagem. Se se despediu? Não vi. O que me lembro foi quando meu amor voltou. E assim foi.


(VFM)

O Amor 2

O amor não foi feito aos resignados.


(VFM)

O Amor...

Longe do perigo, o amor fraqueja. Amar não tem orientação.


(VFM)

Pela Noite

Eu gostaria de caminhar tranquilamente pela noite, sem me machucar ao pisar numa estrela ou cair no buraco da escuridão.


(VFM)

Onde estará?

Perdi meu coração na minha última viagem. Agora é suportar o destino.



(VFM)

Relicário

Para que guardar lágrimas se eu vivo no mar?!


(VFM)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

MINICONTO

Depois de algum tempo sem escrever microcontos, tive um insight e escrevi esse abaixo:


Vida Literária


Ao acordar lavou o verbo e escovou os substantivos para ficar mais adjetivo antes de ir frasear.


(VFM)

Desastre

Desastroso para um escritor é perder uma palavra no tumulto de uma ideia.


(VFM)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Infância

Vivo eternamente a minha infância, pois carrego sempre meus brinquedos comigo, as letras.


(VFM)

Alto Mar

O meu coração é um navio,
As mágoas, a água do mar,
O sentimento é vento bravio,
A tristeza uma onda do mar.

O meu destino é uma ilha deserta,
Que procuro de sonho em sonho,
Meu coração segue sempre alerta
E com a felicidade eu me banho.

O meu coração é um navio,
As mágoas, a água do mar,
Que navega sem um desvio,
Sem receio de naufragar.


(VFM)

Frase

Eu escrevo o que devo ao mundo: A felicidade de uma palavra, segundo a segundo.


(VFM)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Frase

O tempo tem um ar impuro, que qualquer badalada dele já me faz tossir a velhice.


(VFM)

Tempo

O tempo vive a navegar sobre o meu caminho. Em momentos de pranto - é mar -, em momentos de espera - é terra - para partir ou desembarcar um amor.


(VFM)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Desastre

Perco um pedaço de mim a cada dia, quando sinto sua falta. A minha última parte, não tarda, virou lembrança.
(VFM)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Vigília

Eu vigio o meu coração para que ele não embaralhe as emoções, nem se desembeste a me jogar ao bel-prazer dos aflitos.

(VFM)

Sonhei...

Sonhei que tu me seguias deserta, com a paz n'alma, palmilhando nuvens com os pés, célere, só para confessar teu amor. Mas quando acordei de paixão, banhado de fogo, pressenti que meu sonho era somente um livro, com páginas que se repetiam, grafado de mar e espuma, ILUSÃO.


(VFM)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Duas Frases

1 - Desce noite e repara como eu lavro meus sonhos.

2 - A superfície mais inóspita do mundo é a face humana impregnada de angústias.

(VFM)

Aforismo

O dicionário me dá claustrofobia, vivo cercado de ermas palavras. A poesia é que é minha liberdade, meu suspiro de alívio.
(VFM)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aforismo

O que predomina sobre o papel é a cor das palavras e o sândalo das ideias.


(VFM)

Artesanal

Artesanalmente, Deus me fez desabitado de palavras. Foi assim que aprendi a fazer poesia com o barro do silêncio.


(VFM)

Um rio em mim

Dentro de mim corre um rio, que é oprimido por duas margens, do amor e da saudade. O único peixe que nele nada, corre sem destino, atrás de uma nascente inalcançada.


(VFM)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Chuva

Através da chuva sussurrante, eu te enxergava infinitamente diáfana e sem o riso nos lábios dantes. Você se refletia somente em uma lágrima inclinada e mais nada transparecia... Mesmo depois do rio que fizemos, a chorona ampulheta das nuvens, suspirava, desenhava, e, aborrecida, convertia teu rosto em uma paixão calorosa de sol.

Temporal e consecutivo, eu te buscava, esperançoso, na tentativa de que seu pingo humano fracassasse em ruir. Perdi muito com sua boca, que tremia de frio, um navio ao mar crescente, quase se afogando de sonhos, com sua vela quebrada, na praia rija; possivelmente lá seu coração sobrevivia.

Depois... Depois... Com um gesto fraco, como foragido sem valia, fatigado, a alma – nossa alma – transformada, expirava de amor... E gemia.

Quanto eu chorei ao imaginar chover lírios, com fúria de esquecimento, lentas águas de pensamento, atropelado de mar e terra. Foi então, assumindo o fato, que pensei: lágrima derramada não é água, é ilegível palavra, nau desembarcada de mágoa, biblioteca desfeita em um só dia, perfumada.

(VFM)

terça-feira, 3 de novembro de 2009