terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fragmentos e Poemas Memoráveis

Buenas! Eu aqui de novo com a famosa série dos pedacinhos importantes de alguns livros que me marcaram e toda a literatura seja nacional ou internacional. Este livro de hoje abalou minha estrutura, devido ao seu caráter merencórico e, ao mesmo tempo, encantador. Com seu final trágico, que revolucionou uma época e levou muitos amantes ao destino similiar a da personagem. Outras pessoas que leram não sentiram o baque romântico deste opúsculo, mas comigo foi indelével e por isso merece sem sombra de dúvidas figurar aqui.

"E então, meu amigo? Tenho medo de mim mesmo! Meu amor por ela não é o mais fraternal, o mais santo, o mais puro dos amores? Sentiu minha alma um desejo culpável?... Não quero fazer juramentos! ... E, no entanto, estes sonhos ... Oh! como tem razão os homens que atribuem efeitos contraditórios às forças exteriores! Esta noite ... Estremeço ao dizer que a tive nos meus braços, apertada contra o peito, cobrindo-lhe de beijos sem conta a boca que balbuciava palavras de amor, meus olhos inundados pela embriaguez do seu olhar! õ Deus, serei porventura culpado de experimentar ainda tanta felicidade ao recordar, em toda a sua intensidade, essas ardentes delícias?
Carlota, Carlota!. . ."

Livro: Os sofrimentos do jovem Werther
Autor: Johann Wolfgang von Goethe

2 comentários:

  1. A história é encantadora e o beijo é mais sublime e apaixonado de toda a literatura.
    Não me lembro pq não terminei de ler esse livro,mesmo assim,acho que poderia resumi-lo nessas três cartas:

    "Julho, 13
    Não, eu não me engano! Li nos seus olhos negros um verdadeiro interesse por mim e pela minha sorte. Sim, eu sinto que meu coração pode crer que ela... Ousarei, poderei pronunciar estas palavras que resumem o paraíso?... Eu sinto que ela me ama!
    Ela me ama! E quanto eu me valorizo a meus próprios olhos,, quanto... eu posso dizer isto a você, que compreender-me... quanto eu me adoro a mim mesmo, depois que ela me ama!
    (...)

    Julho, 16
    Que sensação se comunica a todo o meu ser quando por acaso meu dedo toca no seu, ou nossos pés se encontram embaixo da mesa! Retiro-os como se tivesse tocado o fogo, e uma força secreta impulsiona-me de novo. A vertigem arrebata os meus sentidos! ... E dizer que sua alma cândida não sabe o suplício que me infligem essas pequenas familiaridades! E quando, animados pela conversa, ela pousa sua mão sobre a minha e,mais arrebatados ainda pelas palavras, ela se aproxima tanto que eu chego a experimentar seu hálito celestial junto dos meus lábios. . . então, parece que vou desaparecer como que ferido pelo raio...
    (...)
    Aplicar esta pureza e esta confiança, se eu jamais ousei... você me compreende. Não, meu coração não é tão corrompido! Ele é fraco, sim, bem fraco! Ela me é sagrada. Todo desejo emudece em sua presença. Não sei o que sinto quando estou junto dela; é se toda a minha alma estivesse subvertida... (...) 0 delírio e as trevas se dissipam na minha alma e respiro mais livremente.

    Agosto, 21
    Estendo em vão os braços para prende-la, ao raiar do dia, quando começo a despertar dos sonhos importunos; à noite, estirado sobre a minha cama, procuro-a, embalde, se a inocente ilusão de um sonho feliz faz-me acreditar que estou sentado junto dela, na campina, cobrindo de beijos a sua mão! Ai de mim! Quando, ainda mal desperto, a procuro a meu lado, tateando, e, ao faze-lo, arregalo completamente os olhos à realidade, uma torrente de lágrimas não pode mais ser contida pelo meu coração esmagado. Choro, contemplando cheio de amargura o sombrio futuro que me aguarda."

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