sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Nariz


Observar teu rosto de giz,
Algo que te descreve e habita,
Adereço que te faz bonita: 
Uma joia? A boca? O nariz!
Perfeito traço, altivo cume,
Exposto a tragar o sentido
Do meu amor ainda em vidro,
Que sonha em te dar o perfume.
Serei a flor, não o pólen da mentira,
Um aroma que não se esconde,
Um vento da tarde - puro sândalo -,
E que meu cheiro não te fira.
Caso teu nariz procure onde,
Que ele não cheire o escândalo.
(VFM)

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