terça-feira, 7 de abril de 2009

INTRODUÇÃO AO TERROR


O sentimento de terror teve início com os anseios e aporias da sociedade. Os antagonismos: vida e morte, corpo e alma, alegria e dor, fomentaram a curiosidade dos homens para o desconhecido. Já se nasce com fobias, a própria história da evolução dos seres vivos demonstra isso. O instinto, à vontade de sobrevivência, a relação caçador e caça, a descoberta de que podemos ferir o outro, a violência, são inerentes ao homem e geram o medo. O mundo no qual estamos inseridos impõe os riscos. É a aventura da dúvida, é a indagação ancestral do destino humano, é o desabafo do espírito pelo medo, que criam os desejos pelo lúgubre.

Com o advento da sétima arte, o cinema, as possibilidades de criarmos atmosferas sombrias, seres definhando, fantasmas e trabalhar com nossos devaneios mais obscuros, possibilitaram à criação dos filmes de terror.

As aversões com o passar do tempo tornaram-se inúmeras, resultando em mais possibilidades de novos filmes. Entretanto os personagens disformes, medonhos, tiveram alusões não somente pelos contos dos antepassados, na tentativa de assustar as crianças e inimigos. Foram baseadas, também, na capacidade atroz do homem, as perversidades. Os derramamentos de sangue ocasionados pelas batalhas, guerras, relacionam os homens com as criaturas dos filmes e as mortes produzidas por eles, inimagináveis. As referências são: monstros como Calígula, Nero, Raspútin, Joseph Stalin, Adolf Hitler e o príncipe Vlad Drácula, cujo nome foi transformado em filme.

O terror une-se ao mal e é um fato da vida. Regimes de terror abrangem um período de quase dois mil anos. São reflexos da insanidade, da moléstia ao próximo e que reproduzidos em telas lotaram as salas de cinema. Mas o que torna o terror tão fascinante? Procuramos o terror nos filmes, nos quadrinhos e até nos parques de diversões. Por quê vamos ao encontro do medo? São questões da consciência humana e esmiuçada até hoje por cientistas.

Um assunto que atualmente tem intrigado os homens, bem como, cativado, é o mal que perpetra na sociedade. Somos atraídos pelo terror. A mesma proporção que execramos o perverso, as atrocidades, adoramos ouvir falar, visualizar e, por sadismo, rir das desgraças que se abatem sobre os outros. Por natureza somos maus (?), é característica do homem que os cineastas tanto produzem e conquistam cada vez mais fãs. Isto é irrefreável. Cabeças continuarão a rolar e sangue a jorrar.



(VFM)

2 comentários:

  1. O pior medo é o medo de si mesmo... Por isso é importante fazer o caminho inverso...

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  2. conserta esse começo de texto ae maluco...

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