quarta-feira, 19 de julho de 2017

UMA QUASE ENTREVISTA COM MICHEL T.


"Pode me chamar de presidente", disse Michel. "Ou de ex-presidente", disse o ex-presidente. "Ocupo este cargo desde 2016 por meio de uma manobra, um pneu furado, uma pedalada pelo Jaburu até a casa do Cunha junto com outros amigos comprados. Fui eleito na barra da saia, visto que, na verdade, deve me chamar de presidente", disse o presidente. "No entanto, considerando o momento atual talvez seja preferível, inclusive diante de tantos fatos (nos quais duvido) e para marcar a história política do Brasil, que o senhor me chame de ex-presidente", disse então o ex-presidente. "Porque, afirmo-lhe com convicção, que um presidente é senão alguém que faz as coisas em favor do empresariado? Mas e quando não trabalha para o capital? Quando não compra deputados e senadores e juízes ele converte-se num ex-presidente? Pois então, já que consegui ainda me manter no cargo e exercer a função de golpista, sendo apanágio de cercear os direitos do trabalhador, mesmo a maioria do povo não querendo e maldizendo, em certo sentido eu continuo presidente. Portanto, prefiro que o senhor me chame de presidente", disse o ex-presidente.
(VFM)

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