sexta-feira, 14 de julho de 2017

OSSO


A minha treva, meu esqueleto
São de poesia e de cianureto.
E os meus falsos olhos
Dois poços de petróleo.
A máscara que me encobre,
Fantasia pútrida de cobre,
Prenhe de ódio e a míngua
É um uivo de flor na língua.
Tudo que sei: o cio que ouço,
é escória presa no calabouço.
A minha sombra é amarga
E a solidão é a minha carga
A roer de saudade meu osso.
(VFM)

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