quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Funeral

A poesia morta dos mortos.
Versos amarelecidos,
Fotos dos esquecidos,
Corpos presos em portos

De fria e pátina lembrança.
Refúgio das dores,
Emboloradas flores,
O sono do velho e da criança

Avultam em forma lapidar.
Uns tristes morreram,
Outros mal entenderam
O vago vestígio de amar.

Restou na verdade
Cruzes na cidade
Almas que são o mar.


(VFM)

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