segunda-feira, 20 de julho de 2009

Minha Crônica no Tribuna Lagoana: Sim!

Sim

Foi assim que terminou, com um “Sim!”. Ou, analisando do avesso, foi assim que começou? Não vou fazer mistério dos acontecimentos... Talvez. Explico: No fim de semana, uma coisa de impressionante tomou o meu dia a dia. Estava, cá, em Nova Era, quando comecei a refletir sobre a vida; na verdade, sobre este termo (advérbio, em alguns casos, substantivo masculino, noutros) o “Sim”. Ele querendo ou não já foi e é periodicamente falado por aí. Bilhões de bocas, odiosas e alegres, já conhecem o seu som. Cada um deve ter dito da sua forma e circunstância. Quem nunca disse um Sim na vida? Quem renega que tampe a cara com o leque da vergonha.

Há casos que dizemos de maneira forçosa, soltamos a palavra pelo vão do dente. Até parece mentirmos, mas era o intuito. Em outras situações falamos por educação, ou moda (será?). Convido cada um a sentar-se comigo e pensar demoradamente, até endoidecer, e descobrir o próprio show do Sim. Você deve estar matutando que digo asneiras, que devaneio, mas não! Passe a observar algumas coisas: como é bom ouvir estas três letrinhas quando alguém nos pede ajuda, licença, simplesmente, e porque não no perdão? Ora, ora, assim eu imaginei esta crônica, cheia de boas intenções, uma pequena perspectiva em um sorriso, pronunciando, com ternura, um Sim.

Aceita um pedaço de bolo? Aceita um beijo? Um abraço de mãe? Nem titubeio e confirmo de pronto. Claro que já disse não, mas, confesso, tenho agudo problema em dizê-lo. Ah, estimados leitores, apresento-lhes o bondoso Sim! No entanto, todo cuidado é pouco para pronunciá-lo. Não vá sair apertando, em época de eleição, o tão “inocente” Sim. Aparência não faz milagre! Às vezes um Sim pode muito bem deixar alguém triste e fazer chorar.

Para encurtar a conversa e esclarecer aonde quero chegar, esta reflexão veio à tona lá no Automóvel Clube, em um dia muito especial.

O casal vinha adiante, em êxtase, de olhares radiantes, todos os dentes a mostra, branquinhos, reflexo do vestido da noiva. Exatamente, era um casamento. Os noivos: Minha querida prima, Tarsila, e, agora seu marido, Robeílson. Passaram no meio da multidão, deixavam a alma ser beijada por todos. Creio que as pernas tremiam e o véu vinha atrás, carregando toda a emoção. O pastor fez as honras e as bênçãos. Deus colocou a mão no coração de ambos. No meu também. No final, veio a pergunta: “Você aceita ele(a) como seu legítimo esposo(a)?”. A inquietação devia estar presa na garganta. O perfume não demorou a sair: “Sim, eu aceito!”. O amor deixou-se beijar naquele momento...

Muito tempo que não ia a um casamento, pois antes, o último eu devia ter uns oito anos, pouco me importava. Mas este foi diferente. Foi aí que me dei conta e descobri a explosão de um “Sim”, que me fez chorar... E me deixou muito feliz.

Ê palavrinha surpreendente!


(VFM)

2 comentários:

  1. "Três Letrinhas

    Sim, são três letrinhas
    Todas bonitinhas
    Fáceis de dizer
    Ditas por você
    Nesse seu sim, assim

    Outras três também
    Representam não
    Que não fica bem no seu coração

    É minha canção resto de oração
    Que fugiu da igreja
    Não quis mais do vinho
    Foi tomar cerveja
    Voltou ao jardim

    E tá esperando gente
    Que só disse sim"

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