Há quem bendiga.
Eu mendigo
Alguns dobrões
Para virar as esquinas.
***
ANTIPOÉTICO
Ninguém conhece minha poesia,
Assim como meu partido
Amor-Político.
Eu sempre os afogo
Nas entrelinhas
De um peixe
Que jamais pescaria.
***
POESIA?
Fazer Poesia
É tão fácil
Que té o pássaro
Mais ágil
Faz.
Então, tentas voar.
Mattos Algures (19xx-desconhecido) foi um poeta português de nascimento duvidoso. Nasceu? Não se sabe, mas reza a procissão da lenda que morreu entre o solo e os galhos da sua mãe, prematuramente, e foi encontrado sobre alguma sombra, coberto de folhas que rabiscou com seu vagido e o lápis seco da língua. Seus poemas ainda pouco conhecidos e por muito tempo censurados só agora vieram à tona.
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