a chuva molha
duas folhas secas
que repousam
na inocência do chão.
a água escorre
como sangue inquieto
para renascer a
primavera futura.
a palavra alagada
de bocas e olhos
engolem gotas de chuva.
as duas folhas secas
tremem de frio, pois
sabem que o rio
leva ao mar e o mar
devolve a dor dos
temporais e a melancolia
do desamor talhado
nos retratos.
a chuva tudo molha.
(vfm)
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