P/ Luciana
Naquele tempo vadio deitado ao léu
Pôde pensar no caroço do seu peito,
Que, montado no vento, corria como mel
Dentro do cinzeiro da alma, estreito.
Pôde pensar no caroço do seu peito,
Que, montado no vento, corria como mel
Dentro do cinzeiro da alma, estreito.
Não adivinhava o que lhe ocorria,
Desenhando com os olhos a tolice.
Ignorava inútil o que não cria
E os avisos da mãe: "o que lhe disse?!".
Desenhando com os olhos a tolice.
Ignorava inútil o que não cria
E os avisos da mãe: "o que lhe disse?!".
Era ela que lavava a língua ao sol,
Circundando todo seu sonho indócil,
Diante daquela lágrima de tersol.
Circundando todo seu sonho indócil,
Diante daquela lágrima de tersol.
O coração, se martelando inseguro,
Perdido na terra como grande fóssil,
Viu naquele amor o silêncio mais puro.
Perdido na terra como grande fóssil,
Viu naquele amor o silêncio mais puro.
(VFM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário