Numa quinta-feira qualquer eu transei com Camões.
Ele não foi nada amável. Conversava sobre modalidades
Sexuais com sotaque de alfacinha licenciosa: "Mudam-se
Os tempos, mudam-se as vontades", e me enfiou em vida
Insana, todo sorridente e lírico. No motel que me levou,
Carregando na fala, firme, e no membro hirsuto, babava
Sonetos, enquanto eu tolerava eu tolerava seus dedos
Espasmódicos me cutucando a calcinha de gaivotas.
Não esqueço aquele momento, no qual ele salvava,
Com chave de ouro, o meu gozo, piscando naquele mar
O olho solitário e cego.
Ele não foi nada amável. Conversava sobre modalidades
Sexuais com sotaque de alfacinha licenciosa: "Mudam-se
Os tempos, mudam-se as vontades", e me enfiou em vida
Insana, todo sorridente e lírico. No motel que me levou,
Carregando na fala, firme, e no membro hirsuto, babava
Sonetos, enquanto eu tolerava eu tolerava seus dedos
Espasmódicos me cutucando a calcinha de gaivotas.
Não esqueço aquele momento, no qual ele salvava,
Com chave de ouro, o meu gozo, piscando naquele mar
O olho solitário e cego.
(VFM)
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