ontem foi o último dia de outono
em que vi teus olhos.
deles declinavam um rio cheio,
onde eu não consegui
alcançar a margem esquecida.
as rochas do teu sorriso fitavam
meu caminho estreito
de lembranças míticas, quebradas.
"pobrezinho", pensava,
ciente de que o chão varrido pelo vento
não cultivava uma rosa,
diante do sol posto aos banhistas.
neste último dia de outono,
resolvi fazer dos meus braços a
confusão entre o que nasce
nos sonhos das árvores altas e o que
se abandona nos espinhos
apunhalados de desejos e despedidas.
ontem foi o último dia de outono
em que vi teus olhos
recolher o frio no ninho das andorinhas.
elas não fazem verão,
mas a estação de primeira grandeza.
tudo foi ontem, justo
no último dia de outono em que te vi.
em que vi teus olhos.
deles declinavam um rio cheio,
onde eu não consegui
alcançar a margem esquecida.
as rochas do teu sorriso fitavam
meu caminho estreito
de lembranças míticas, quebradas.
"pobrezinho", pensava,
ciente de que o chão varrido pelo vento
não cultivava uma rosa,
diante do sol posto aos banhistas.
neste último dia de outono,
resolvi fazer dos meus braços a
confusão entre o que nasce
nos sonhos das árvores altas e o que
se abandona nos espinhos
apunhalados de desejos e despedidas.
ontem foi o último dia de outono
em que vi teus olhos
recolher o frio no ninho das andorinhas.
elas não fazem verão,
mas a estação de primeira grandeza.
tudo foi ontem, justo
no último dia de outono em que te vi.
(VFM)
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