Hoje cedo eles, sucessivamente, declararam que, de repente, o sangue seria, entrementes, a cor da cidade. Afinal, de quando em quando, eles revezavam, doravante a situação, com o tom da fumaça. "Amanhã, às vezes, deixaremos provisoriamente o povo se tingir de luto", asseveraram. Logo depois, ao pôr do sol, o barulho começou, amiúde.
Desde então, os vivos esperam usar a bandeira branca, que agora é utilizada para cobrir, por fim, os mortos.
A paz é um sonho colorido e breve. A guerra é a tinta do mundo. Permanece agora e sempre, dentro e fora de nós, longe ou perto, até tarde. A dor é um matiz que nunca se apaga. A paz é jamais.
(VFM)
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