Amar-te é uma grande encrenca
E de mais dura convivência,
Pois no amor - haja paciência!,
Poeta é embarcação perdida.
Na enseada, sereia transitória,
O deslumbramento, inteiramente,
Sem pressentir a tímida dor,
O canto enganado da paixão,
O poeta, transido ao Paraíso
Agreste, acha tudo luminoso.
É alma que nasce e se desprende,
Plena, eternamente terna,
Que, de repente, é negra lágrima;
Amor que louco não futura.
Amar-te é chamar o coração
De mau agouro e triste quimera.
(VFM)
Camilo Castelo Branco (Os amigos)
Há 7 horas
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuanta verdade há nestas linhas:
ResponderExcluir"Amar-te é uma grande encrenca
E de mais dura convivência,
Pois no amor - haja paciência!,"
ADOREI...
"HAJA PACIÊNCIA!"